Asterin
Dentro do quarto de hóspede que conheço muito bem, vou para perto de uma janela e no mesmo instante os meus olhos percorrem ávidos por cada extremidade na esperança de vê-lo voltar, mas isso não acontece e já tem horas.
— Que você esteja bem! — sussurro uma prece como um lamento, porque eu bem sei que tudo isso é culpa minha.
Se eu não tivesse fugido.
Se eu tivesse confiado nele.
Se eu não fosse tão burra, ele estaria seguro aqui e agora.
Uma batida na porta me faz despertar dos meus murmúrios angustiantes e um serviçal passa por ela carregando uma bandeja farta.
— O que é isso? — questiono, porém, ele não me responde. Contudo, Asterin entra no meu campo de visão logo em seguida.
— Pedi para servirem as suas refeições no seu quarto.
— Por quê?
— Porque não a quero transitando pela casa, Hazel. E menos ainda do lado de fora dela.
— Então eu sou sua prisioneira?
— Não, mas prometi protegê-la. E estamos com poucos membros da alcateia aqui. Portanto, não ouse sair desse cômodo! —