Viviane
O quarto do hotel cheirava a champanhe caro e lençóis sujos. Apesar de ser um lugar simples, mas confortável. Discreto o suficiente para encontros como aquele. Estávamos deitados, os lençóis amarrotados entre nós, enquanto eu olhava pela janela para a cidade que odiava.
— Clara precisa sair do caminho. — minha voz cortou o silêncio, impaciente.
Afonso, apoiado em um cotovelo, passou a mão no peito nu e bufou.
— Já passou da hora. Aquela menina está cada vez mais metida. E agora que sabe do nosso caso... pode acabar chegando ainda mais longe. Você sabe o que isso significa.
— Claro que sei — rosnei, sentando-me e alc