Quando Christopher descobriu que sua irmã mais nova havia sido sequestrada e torturada por seus inimigos mafiosos, nenhuma força do mundo foi capaz de segurar sua ira. Planejou a pior vingança de sua vida e prometeu não deixar homem nenhum se aproximar dela, afinal, Madeleine era muito mais que uma irmã para si, era o grande amor da sua vida. E dito isso, trouxe de longe o melhor amigo para cuidar do seu bem mais precioso sem saber que esse mesmo amigo era o homem a qual sua irmã se apaixonou anos atrás, e iria fazer de tudo para tê-lo na sua cama, com ou sem o consentimento de Christopher Macallister.
Ler mais— Eu ainda não tinha vindo nesse restaurante - A voz animada de sua mãe fez a garota sorrir como nunca. Sentou em seu lugar colocando a bolsa em outra cadeira. — Eu adorei Madeline, parecem àqueles lugares chiques de cinema.
— Sabia que ia gostar. As meninas falam muito desse lugar na faculdade então resolvi trazer minha querida mãe aqui, já que conseguir marcar um horário com ela. — Não diga algo assim. As coisas no salão andam agitadas, mas sempre terei tempo para minha única filha. Não se preocupe. — Tudo bem. A faculdade também tem me tomado bastante tempo. Aproveitando que estamos aqui, quero contar algo a você. — Ah meu Deus! Você encontrou um namorado? - A outra negou, e riu — Já sei, encontrou aquele garoto da lanchonete? — Ah isso também não, mas está na minha lista de coisas para fazer antes de morrer - As duas riram — Na verdade, queria dizer que assim que me formar em dois meses, quero viajar pelo mundo. É um sonho. — Me convidou para almoçar apenas para dizer que irá passar mais tempo longe de mim? Não me parece uma coisa boa a se fazer com minha pessoa. - Sorriu feliz, afinal, como mãe, Grace Macallister deveria sentir orgulho e incentivar sua filha a ser feliz. — Quando seu pai morreu eu tive medo de não poder dar tudo que você precisa, então me casei de novo e… Estou viúva outra vez. Mas vendo-a assim, tenho certeza que fiz um bom trabalho. — Mas é claro que você fez um bom trabalho. Agora vamos comer. Almoçaram tranquilamente contando todos os outros assuntos que sempre se esqueciam de comentar em casa. Moravam juntas, mas o tempo era curto para se encontraram, afinal, Madeline dava duro para terminar a faculdade ao mesmo tempo em que trabalhava em uma lanchonete qualquer e sua mãe era dona de um salão de beleza de luxo no centro da cidade, um dos mais caros e mais requisitados pelas mulheres da sociedade de Valcolink. Quando tudo terminou as duas saíram do restaurante ainda sorrindo e falando sobre garotos e o que ela devia fazer, arrumar um namorado, ter alguém ao seu lado era um lado bom da vida… Ao menos Grace achava assim. Atravessaram as ruas chegando ao lugar que estacionaram o carro, mas antes de chegar ao mesmo um homem parou as duas de supetão. Ambas as mulheres se assustaram com a rapidez e deram alguns passos para trás. O homem era alto, forte, com seus braços longos cobertos por tatuagens grossas e negras se destacando na pele branca como o céu. Madeline olhou ao redor pretendendo gritar, o coração já estava parando na boca, certamente seriam assaltadas, as ruas de Valcolink nunca mais foram às mesmas desde a mudança da presidência. — Calminha… Garotas - Pediu o homem trazendo a atenção das duas em sua direção. — E não precisa gritar criança. - Olhou para Madeline e sorriu, voltando a Grace que não entendeu nada. — E nem você, Grace Macallister. - A pronuncia do seu sobrenome de casada e o que mais tentava esconder, fez a mais velha prender a respiração por um momento. Ela sabia que algo como aquilo podia acontecer na sua vida, mas sempre imaginou estar sozinha para quando sua morte viesse com toda a certeza no mundo. O homem sorriu vendo o desespero nos olhos de Grace. Tirou o cigarro que prendia entre os lábios jogando no chão e apagou o fogo. Os pensamentos de Grace foram de correr o mais breve possível, era apenas um homem, não era? Não… Não era. Assim que deu um passo para trás puxando sua filha junto, ambas avistaram mais alguns homens se aproximando, todos com aquele sorriso malicioso em seus lábios e um olhar marcante, daqueles que devorariam tudo e todos, incluindo elas duas. — O que você quer? - Quis saber, passou a frente de sua filha jogando-a para trás, não deixaria que nada a atingisse, nada daquela vida suja. Empinou o nariz mostrando que não estava com medo, embora por dentro seu coração estivesse avisando de que teria um infarto a qualquer momento. — Não o conhecemos. então pode nos deixar em paz. - Ordenou. — Não. Você não me conhece. Nem a sua filha linda - sorriu para Madeline que além de não entender nada, podia sentir o aperto em suas mãos por sua mãe. — Mas vocês conhecem Christophe Macallister, certo? - Madeline estreitou os olhos inclinando a cabeça para o lado a fim de encarar o homem à frente. Ela conhecia aquele nome, sempre conheceu. Era seu meio-irmão mais velho, aquele que Grace evitava mencionar, e quando o fazia, era sempre para dizer que antes de ir embora, ele prometeu que protegeria sua irmãzinha de onde estivesse. Fazia muito tempo que o tinha visto pessoalmente, e sendo sincera, nem lembrava mais de seu rosto, do seu sorriso, nem mesmo da voz, nem sabia se estava vivo ou morto. Nunca tivera um contato para que tivesse notícias. — Queremos saber onde ele está nesse momento. - O homem a frente colocou as mãos na cintura deixando os outros cercarem as mulheres. Seu chefe havia dito que elas falariam logo, uma pressão apenas e elas gritariam o lugar onde aquele cara estaria se escondendo. — Não o conhecemos. Então não tem como saber onde esse sujeito se encontra. - O homem riu, chegou a gargalhar colocando as mãos dentro dos bolsos de sua jaqueta de couro. Todas as ações deixavam Grace ainda mais nervosa, temendo pela vida de sua filha. — Por favor, nos deixe ir embora agora. — Ir embora? Você quer ir embora sem me dizer o que quero? Não estou aqui brincando, senhora Macallister. - Se aproximou mais e dessa vez, Grace não se mexeu. — Seu filho é um grande babac4. E ele vai morrer cedo ou tarde, só precisamos saber onde ele está e finalmente teremos a nossa vingança. - Ela engoliu a seco — Então é melhor você dizer onde ele está, ou a bala que eu mandaria entre os olhos dele, eu colocarei entre os da sua filha. — Não faça isso - Pediu rapidamente se colocando completamente em frente à filha — Não sabemos onde ele está. Não há como falarmos com ele, e há muito não temos noticias. Não participamos desse mundo. — Acho que as coisas estão começando a se desenrolar. Duas frases atrás não sabiam quem era. Agora conhece, mas não sabe onde estar? - Mikael, o homem parado em frente às mulheres olhou para um dos homens e logo sorriu para elas novamente. — Vamos dar uma volta. Todos nós. — Espera! Espera! - Grace avançou contra o homem segurando seus braços — Levem apenas a mim, eu sou a única responsável por qualquer coisa que tenha a ver com esse mundo. Ela não tem nada a ver com isso. Outro sorriso se formou nos lábios grossos do homem. Se fosse em outra ocasião ou se não dependesse apenas dele, talvez, só talvez, ele pudesse atender ao pedido da mulher que chorava implorando para que fosse a única a ser levada. Mas o caso que aconteceu dias atrás era grave e isso caberia perfeitamente num sequestro para que todo mundo soubesse, especialmente Christopher, porque ele iria aparecer, cedo ou tarde. — Nesse mundo, senhora Macallister, os mais fracos são aqueles que possuem alguém importante que possa perder de uma hora para a outra. - Avisou antes de puxar o rosto de Grace para mais perto encarando seus olhos verdes como os da filha. — E vocês são o ponto fraco de Christopher. - Riu alto junto dos outros presentes.- Quando disseram que Christopher Macallister queria me ver, achei que realmente fosse o meu querido e amado loiro a aparecer nesse encontro. Até me arrumei para o evento - A senhora Mama sentou-se após Madeline com os olhos atentos na menina como se esperasse que a qualquer momento ela fosse avançar contra si - é um pouco desconfortável para mim sentar diante da pessoa que matou meu neto, então não se sinta perdida quando lhe ameaçar por alguma coisa.- É estranho para mim também sentar diante da senhora que gerou o homem que matou a minha mãe, e que a prendeu num beco junto comigo e eu fiquei por dias a vendo apodrecer bem ao meu lado com ratos, larvas, baratas e todo tipo de inseto que possa imaginar - A senhora fez careta, se estivesse comendo algo, certamente colocaria tudo para fora.- Homens... Fazem cada merda. - Madeline concordou - Mas o que te trás aqui e porque Christopher não veio?- Faz duas semanas que ele não está mais entre nós - A senhora se afastou da mesa se en
Correr atrás do amor é uma tarefa difícil, completamente difícil.Mas ainda que o ar lhe desse sede, que seus pés dentro do sapato doesse ou que sua força se esvaia a cada metro e tivesse que parar um momento para poder respirar, Madeline não parou de correr até chegar o chalé que tanto queria, errou em alguns, mas ao vê um dos carros de seu irmão parado ali, agradeceu por finalmente ter encontrado. Subiu as escadas com seu último fôlego batendo no vidro e tentando chamar pelas garotas, mas não havia voz em sua garganta. Rodeou todo o lugar procurando pela entrada e agradeceu quando empurrou para abrir e a porta simplesmente deslizou para o lado.Ela apenas caiu para dentro escutando as meninas chamarem seu nome, conseguia ver suas silhuetas diante de seus olhos, mas nada saia da sua garganta. Respirou fundo fechando os olhos verdes antes de recuperar sua força e poder finalmente falar alguma coisa, sentou quando lhe ofereciam água e então, teve um momento de sossego saciando-se.
Passos lentos foram dados até a garota diante do carro, o frio cobria seus ombros e o arrepios em seus braços foi notado pelo irmão que parou perto dela, porém, os olhos dela estavam vidrados no carro, o que buscava? Juan? Olhou brevemente para lá e voltou com a sua querida e amada irmã.- Devia está dormindo. - Avisou e ela levou seu olhar a ele - Espero que tenha tomado o antídoto, não quero que morra tão cedo, ainda temos muito o que viver.- Juan me contou que gosta de mim, que gosta não como sua irmã - Christopher não se abalou, deu de ombros, ele contaria mesmo em algum momento, o que importa se outra pessoa tivesse dito? - Que me quer como sua mulher, mas isso jamais vai acontecer. - Eu não ligo para o que você acha.- Vai me forçar agora? - Ele negou repetidas vezes - eu não gosto de você desse jeito, pelo amor de Deus isso é errado e completamente doentio. Se alguém tivesse me falado sobre isso antes eu teria me matado, terminado de tomar todo aquele suco, a ter que dorm
Juan retornou ao chalé jogando todas as pragas que conhecia para cima de Sierra e ainda se espantou quando viu Madeline deitada no sofá. Suspirou fechando a porta e se aproximou da menina que levantou quando o viu.- Era para você está dormindo e não acordada olhando para o nada - Reclamou para ela quando sentou ao seu lado - O que é isso?- O antídoto, o seu irmão acabou de trazer, imagina se ele quisesse entrar e ver nos dois agarrados na cama? Quem iria morrer primeiro? - Madeline não disse nada no momento, mas pegou a garrafa que foi oferecida, abriu para tomar, só de sentir o cheiro fez careta - Toma ou você quer morrer?- Toma primeiro, isso não parece seguro.- Já tomei, agora é a sua vez - Ela negou fazendo birra - Toma, ai eu penso em dormir com você na cama - Madeline puxou a garrafa para si ainda fazendo careta. O cheiro não era bom, nem um pouco, mas alguns goles para dormir com Juan era uma coisa boa, não é? - Isso mesmo.- Tenho que tomar quantas vezes para melhora
- Ordenou. Sierra continuou sem mover um músculo de seu corpo, a taça estava estendida em sua frente, mas não havia nada que pudesse fazer para seu corpo reagir. - Pegue e beba.- Chris... - Murmurou depois de um tempo e pegou a taça - Você sabe que eu não gosto de usar essas drogas... Então não quero beber isso assim.Metade de uma colher de chá daquela erva já era consideravelmente perigoso, imagina cinco.- Eu e você sabemos que isso aqui não é qualquer droga. Então, beba aposto que vai gostar. - Riu de canto se encostando na cadeira e pegou seu copo para assistir ao show. No entanto, a mulher tornou a olhar para a taça com o coração a mil e para ele outra vez colocando a taça na mesa. - Eu não vou beber isso.- E porque não vai? - Sierra piscou algumas vezes, deixando que poucas lágrimas escorressem por seu rosto - Tem alguma coisa de errado? É muito forte? Coloquei muito?- Desculpe... - Sussurrou quando enfim encarou os olhos azuis de seu chefe, havia medo de sua parte e
De volta a sua mansão Christopher desligou o carro e se encostou no banco. Haviam muitas dúvidas em sua cabeça, e uma delas se podia ir lá e assassinar a mulher que disse que ficaria para sempre. Antes dela havia uma outra que realmente gostava, mas por está tão próxima a si mesmo, o mundo foi cruel o suficiente para tirá-la. Esse era um dos motivos para manter Madeline e Grace longe da vida de merda que estava levando. Mas parece que não resultou nada, porque olha onde estava? A pessoa que mais queria proteger quase morreu envenenada como se pudesse ser substituída a qualquer momento. O mais engraçado é que quem fez tudo isso não foi o "mundo de merda" e sim a mulher de merda que intitulava como sua. Uma grande desgraçada.Suspirou outra vez pronto para começar a fazer o seu trabalho quando viu ao longe Kim sair da mansão carregando suas coisas, como foi ordenado. Christopher saiu do carro a tempo de ser notado pelo homem, seguiu ao seu encontro com um pequeno sorriso no rosto.-
Último capítulo