RIMENA
Eu sai correndo do quarto. Porque, apesar do medo e da dor, ainda havia uma parte maluca em mim que cogitou a possibilidade de continuar aquilo. Deve ter algo errado comigo... ou eu devia mesmo gostar daquilo?
Tirando algumas poucas palavras eu não fiz nada para colocar um fim naquilo. E eu juro que não sei porque. Nicolai está certo, eu sou uma burra que nem sabe perguntar e discutir. Guardo para mim as perguntas e me torno mais ignorante a cada respirar.
Quando finalmente cheguei no andar de baixo, encontro o olhar de Carmen. Parece... horrorizada. Ela vem em minha direção e me puxa com certa grosseria em direção ao escritório.
Ainda vejo seu marido balançando a cabeça negativamente. Eu quando tenho certeza que fiz algo errado. Na hora me vem a lembrança de Odete me advertindo sobre o perigo de me sentir bem com tais toques. Ai minha Estrela!
Não resisto ao impulso de chorar. Dói entre minhas pernas e nunca estive mais confusa.
— O que você fez? — ela pergunta me segurando pe