Alguns meses depois…
— Que tal se colocarmos o nome dela de Lídia? — Deslizo com suavidade a palma da minha mão pela minha barriga protuberante.
— Lídia? — Paco se deita ao meu lado em nossa cama e coloca a sua mão sobre a minha. Minha filha dá alguns chutes que nos fazem rir.
— Era o nome da minha mãe. Lídia Abravanel. Ela era linda — digo melancólica.
— Lídia é um nome lindo. — Sorrio. — Eu gostei. Lídia Abravanel Trent. — Meu sorriso se alarga.
— Então ela se chamará Lídia — falo, mas em contrapartida escuto o som da sua respiração.
— Amor, em duas semanas será o natal.
Não digo nada, pois eu sei exatamente onde essa conversa vai acabar.
— Não acha que está na hora de apresentar a sua nova família para o seu irmão? Já tem um pouco mais de oito meses que estamos casados e…
— Você tem razão. — O interrompo, saindo da cama em um rompante.
— Eu tenho?
— Esse é o melhor momento para aparecer e conversarmos com ele. — Atordoado, Paco se senta no colchão.
— Então, você vai ligar para ele?