Paco
Meu coração se acelera em vida. O seu calor aquece o frio que ele deixou desde que saiu para longe de mim e me pego relaxando por inteiro.
— Me perdoe, meu amor! — Ele sussurra sôfrego, beijando os meus cabelos e aspirando o meu cheiro. Sorrio, mas esse sorriso é absorvido pela agonia e pelo gelo que me definha pouco a pouco. Me seguro no seu braço porque não quero cair. — Nique? Nique, o que foi? — Sua voz preocupada se torna distante e logo sinto o meu corpo flutuar. — Nique, fale comigo! Nique?!
Queria poder acalmá-lo, mas as palavras simplesmente não saem da minha boca.
— Fique acordada, querida! — Ele pede. Parece apavorado e logo o calor da sua mão aquece no gelo da minha. — Já estamos chegando no hospital. Fique comigo, Nique!
— Pare o carro! — peço quase sem forças.
— Não, nós vamos para o hospital.
— Paco, pare o carro! — repito em desespero. E quando ele encosta no meio fio tento vomitar, mas não há nada no meu estômago a ser repelido.
— Respire, meu amor! Respire! — El