O pai, diante daquela cena, respira fundo o orgulho visivelmente amargo em sua garganta.
— Se um dia quiser conversar novamente... as portas estarão abertas.— Talvez. — Diana responde, sem raiva, mas com a firmeza de quem não esquece. — Mas não por vocês. Por mim. E por esse bebê que carrego. Porque ele ou ela, que merece uma história diferente da minha.Sem mais uma palavra, ela se afasta. E eu a sigo, sem olhar para trás.Saímos daquela casa como quem fecha uma porta que nunca mais precisa ser aberta. No carro, o silêncio entre nós é diferente. Não é frio, nem desconfortável. É um silêncio pesado, mas necessário o tipo de silêncio que cura aos poucos.Diana olha pela janela, o rosto voltado para o mundo lá fora, mas sei que está dentro de si, organizando os cacos, escolhendo quais partes valem a pena manter.E então vejo.Uma única lágrima escorre por sua bochecha, silenciosa, e me parte o peito.— Diana... — chamo com suavidade, quase um sussurro.