Foi ele quem quebrou o silêncio:
— Então... você cresceu, filha.Sua voz era baixa, quase indiferente. A mulher ao lado dele levou a mão à boca, já chorando.Diana respirou fundo, firme, embora embargada.— Não graças a vocês.O embate estava oficialmente iniciado.O silêncio voltou, tenso. Diana apertou levemente minha mão antes de soltá-la e dar um passo à frente. Estava pronta.— Queremos explicar... — disse a mãe, a voz trêmula, ainda molhada pelas lágrimas.— Agora vocês querem. — Diana rebateu, dura. — Depois de me jogarem fora como se eu fosse nada. Depois de anos... anos me perguntando por que ninguém me quis.O senhor Ferraz ergueu o queixo, a frieza intacta.— Você não entende o que estava em jogo.— Eu ERA o que estava em jogo! — ela gritou, dando mais um passo, com os olhos faiscando de dor. — Eu era só uma criança! Uma peça no pacto sujo de vocês! Uma garantia de negócios! Como tiveram coragem de fazer isso com um bebê?—