Estou perdidamente louco pela minha mulher. Donatella se tornou meu centro, meu norte. E quando ela adormeceu naquela noite, serena, com uma das mãos sobre o ventre, eu a observei em silêncio, sentindo uma onda intensa de amor e responsabilidade me atravessar. Não consegui dormir. Passei horas mergulhado em pesquisas sobre gravidez, tentando entender cada etapa, cada sintoma, cada reação que ela poderia ter. Li depoimentos de pais de primeira viagem, conselhos médicos, relatos emocionados… tudo o que me deixasse minimamente preparado para o que viria. Eu não a deixaria sozinha. Não enquanto eu respirasse.
Assim que o sol nasceu, Donatella, prática como sempre, já tinha agendado nossa primeira consulta. Seria o momento de ver, mesmo que embaçado numa tela, o nosso bebê. No trajeto até a clínica, fomos conversando. Tê-la ali, sorrindo, leve, com aquele brilho calmo nos olhos… era como respirar ar puro depois de dias submerso. O sorriso dela me hipnotizava. E cada palavra, cada toque, fa