Assim que meu irmão saiu do quarto, minhas pernas já estavam em movimento.
Caminhei direto até a cadeira, agarrei o celular como se ele fosse minha única âncora eu precisava falar com Héctor antes que Alessandro o alcançasse.
Porque se o Héctor resistisse e eu sabia que ele resistiria, Alessandro não ia facilitar.
Ele nunca facilita.
Comecei a digitar a mensagem, os dedos trêmulos.
Fazia mais de vinte dias desde a última notícia. Vinte dias de silêncio. Vinte dias de ausência.
Merda, Héctor, onde você está?
O que você anda fazendo, meu delegato?
Gritei em pensamento, frustrada.
Andava de um lado para o outro, impaciente. Odiava esperar. Sempre odiei. Mas agora... o ódio vinha junto com o medo.
Tentei respirar fundo.
Aproveitei o tempo para tomar um banho,não por vaidade, mas porque eu precisava estar bem, alerta, forte.
Amanhã seria o Conclave.
E se tudo desabasse, eu precisaria estar pronta para sangrar por ele.
Durante o banho, forcei a mente a se acalmar.
Não podia agir por impuls