A Procura da Felicidade
A Procura da Felicidade
Por: Aquino
Capítulo 1

Michael

Meu nome é Michael. Loiro, alto, corpo trincado de academia e, até onde me lembro, um verdadeiro destruidor de corações. Se você estudou no Saint West, já ouviu falar de mim. Ou melhor, do trio infernal: Victor, Nathan e eu.

A fama era inevitável. Beijos roubados nos corredores, festas até o amanhecer, risadas altas e uma fila de garotas esperando uma chance. Mas essa história não é só sobre ego adolescente ou noites quentes em quartos trancados.

É sobre ela.

Amy.

A única garota que conseguiu me desmontar.

Faz oito anos, mas me lembro como se fosse agora. Naquela manhã, eu era só mais um garoto popular com o mundo aos pés, sem noção do quanto uma única mulher poderia mudar tudo.

Estávamos no pátio, rindo de alguma besteira quando ela apareceu.

E o mundo parou.

Saia justa, uniforme alinhado, cabelos negros como pecado e um olhar que penetrava até os ossos. Cada passo dela era um convite para o inferno... e eu fui sem pensar duas vezes.

— Mano... — murmurei, sem conseguir tirar os olhos. — Aquela ali é minha Branca de Neve versão proibida.

Nathan gargalhou. — Você é ridículo, Michael. Não pode ver uma boceta que já quer marcar território.

— E você aguenta ver e não tocar? Espera só até se apaixonar. Vai virar um poeta frustrado.

— Isso nunca, irmão. Nathan Keen não ama, ele coleciona.

O sinal tocou. Fomos pra sala. E lá estava ela, sentada na terceira fileira como se fosse dona do mundo. Vazia ao lado dela. O universo conspirou.

Me sentei e disparei, com aquele sorriso canalha:

— Seu príncipe chegou, princesa.

Ela me olhou. E não era só beleza. Era intensidade. Desafio. Fogo.

— Bem-vindo ao meu inferno pessoal. — foi o que senti, mesmo que ela só tenha me dado um sorriso sutil.

O nome dela era Amy.

E naquela semana, ela virou meu vício.

Nosso primeiro beijo foi num cinema qualquer, com o filme esquecível e o desejo latente.

Minhas mãos deslizaram pelas coxas dela, quentes, provocantes. Senti sua pele arrepiar. Desci até encontrar o centro do prazer entre suas pernas. Estava quente, molhada, implorando por mim.

— Que delícia... — murmurei no ouvido dela, enquanto meus dedos invadiam o paraíso.

Ela gemeu, surpresa pelo próprio prazer.

— Eu... sou virgem — sussurrou, ofegante. — E você tá me tocando como se fosse dono de mim.

Parei por um segundo. O pau já duro, latejando, implorando por mais.

— Então vamos sair daqui antes que eu tire sua virgindade aqui mesmo.

Minha casa estava vazia. O quarto escuro. O desejo, aceso.

Beijei cada centímetro do corpo dela, explorando com a boca, com as mãos, com vontade. Chupei seu grelinho devagar, sentindo ela tremer. E quando ela gozou pela primeira vez, agarrando meus cabelos, percebi que estava perdido.

— Já chupou um pau antes? — perguntei, olhando nos olhos dela.

Ela negou, tímida.

— Então aprende. Usa essa boca linda.

Amy obedeceu. De joelhos, me chupou com uma entrega que me fez gozar em segundos, tremendo, extasiado.

Mas ainda havia mais por vir.

Deitei-a na cama. Abri as pernas dela com calma e entrei devagar, sentindo cada centímetro ser tomado por mim. Ela rebolava, gemia, se tocava, e eu metia com força, com tesão, com carinho sujo. Uma foda que era ao mesmo tempo doce e selvagem.

— Você é minha, Amy... — murmurei, ainda dentro dela.

Ficamos ali, entrelaçados, suados, conectados por algo que eu nem entendia. E por muito tempo, ela foi a única mulher que eu quis.

Mas toda história quente também pode queimar.

Naquele dia, tudo mudou.

Amy chegou como sempre. Mesmo sorriso, mesmo perfume. Mas o olhar… vazio. O toque… gelado. A ausência de palavras dizia tudo.

Fui beijá-la. Ela virou o rosto.

Meu beijo acertou a bochecha.

E eu soube: algo estava errado.

— Eu... estou apaixonada por outra pessoa — ela disse, olhando pra mim como se pedisse desculpas antes do tiro.

Fiquei em silêncio.

— Quem é o filho da puta, Amy?!

Ela hesitou. Depois, baixou os olhos.

— Não é um homem, Michael. É... uma mulher.

Silêncio.

Raiva.

Incredulidade.

— Você tá me dizendo que trocou o meu pau por uma buceta?

— Não foi isso... eu descobri sentimentos por ela. É minha amiga da faculdade. Eu ainda gosto de você, mas de outro jeito. Podemos ser amigos...

— Amigos, o caralho! — gritei. — Você brincou comigo, Amy! Me fez acreditar que era minha!

Ela chorava. Mas eu não conseguia ter compaixão.

A dor era maior do que qualquer lógica.

— Suma da minha vida.

E ela sumiu.

Mas deixou um estrago que nenhuma outra conseguiu consertar.

Ela saiu correndo.

Chorando.

E eu fiquei ali.

Com o peito explodindo de dor, ódio e uma sensação de vazio que nunca mais me abandonou.

— Caralho, Mike! — Nathan gritou entre risos debochados. — Tua rola não tá dando conta mais, irmão? A mulher trocou teu pau por uma xereca?

Victor riu também, o desgraçado. Como se aquilo fosse a melhor piada do século.

Eu, por outro lado, só conseguia imaginar a minha mão quebrando o nariz de cada um deles.

— Escutem bem, seus merdas — rosnei, o maxilar tão travado que doía — falem mais uma vez o nome dela… e nossa amizade morre aqui.

O silêncio veio como uma facada no ambiente.

Amy.

Meu maior desejo.

Minha maior ferida.

O nome dela foi enterrado ali. Junto com o pouco que restava da minha humanidade.

Depois daquilo, eu nunca mais fui o mesmo.

Tentei seguir em frente.

Tentei outras intimidade, outras vozes sussurrando meu nome no escuro, outros corpos se enroscando no meu lençol. Tentei arrancar o nome dela da minha pele com gemidos, beijos e gemidos falsos.

Mas nada adiantava.

Nenhuma mulher fazia minha alma gozar como Amy. Nenhuma me provocava como ela. Nenhuma me deixava louco apenas com um olhar.

Então, parei de tentar.

Enterrei o amor com o nome dela.

Passei a foder geral. Sem nome, sem número. Uma diferente por noite. Às vezes duas. Não queria coração. Queria corpos. Tesão. Boca molhada e gemido no ouvido. Nada mais.

Meu coração?

Tranquei num cofre e joguei a chave no fundo do inferno.

Hoje sou outro homem.

Um dos criminalistas mais respeitados do país. Visto de terno e gravata, sou o cara que destrói promotores com a mesma frieza com que dispenso as mulheres na manhã seguinte.

Rico, influente, perigoso.

E um verdadeiro viciado em sexo.

Como Nathan costuma dizer, “Michael come com a mesma facilidade que respira.”

E ele não tá mentindo.

Mas até o rei do caos precisa de alguém que organize a porra do escritório.

Minha última assistente jurídica era brilhante — eficiente, discreta, aguentava meu ritmo no trabalho e, vez ou outra, na cama também. Só que resolveu largar tudo pra cuidar da família e do marido bundão. Que bela merda!

Desde então, tô me virando como posso.

Mas o caos reina.

A papelada tá um inferno.

E eu tô sem paciência.

Hoje é o dia da entrevista com a nova candidata.

Espero que venha alguém competente. Fria. Sem sonhos românticos. Que saiba lidar com pressão, sarcasmo e… minha boca suja.

Mas se for gostosa...

Se vier com um rabo empinado, uma saia justa e uma boca atrevida...

Aí fodeu.

Literalmente.

Porque aqui não é só um escritório. É campo de batalha.

E eu sou o lobo à espreita.

Ela vai trabalhar para mim.

Mas vai ter que aguentar meu olhar devorador, meu humor ácido...

E meu apetite incontrolável.

Só tem uma regra no meu mundo:

Não se apaixone.

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