Rodrigo
Existem dores que a gente não consegue explicar. Dores que se instalam na alma e nos corroem em silêncio. Por fora, eu parecia bem. Um homem de negócios, racional, firme. Mas por dentro… eu estava desmoronando. O luto pelo meu sobrinho e o sofrimento da minha irmã me destruíram. Eu não conseguia mais ser o irmão presente, o profissional produtivo… muito menos o homem que já fui um dia.
Tentei fingir que dava conta, que conseguiria seguir em frente com a força que todo mundo esperava de mim. Mas a verdade? Eu estava afundando.
Foi nesse caos que um amigo me levou, quase à força, até o clube BDSM.
— Vai lá, Rodrigo. Pelo menos vê com os próprios olhos antes de julgar.
Eu fui… e encontrei algo que não esperava: paz.
O mundo BDSM me deu estrutura, regras, controle. Me deu poder num momento em que eu estava impotente. Me ensinou que dominar não é humilhar, e sim conduzir. Me fez enxergar que existe prazer até na dor — desde que ela venha com respeito e desejo mútuo.
Na minha