Tinham se passado dois dias desde que Liandra retornara à matilha.
Dois dias em que ela treinou até doer.
Dormiu de lado para evitar pensar.
E respirou fundo tantas vezes que o corpo já fazia sozinho.
Naquele fim de manhã, ela estava no pátio, ajudando o pai a revisar ataques e defesas com jovens guerreiros. Precisava do movimento, do foco, da rotina que sempre a manteve centrada.
Foi quando o celular vibrou no bolso.
Alice.
Liandra atendeu enquanto limpava o suor da testa.
— Você voltou pra Chicago e nem avisou? — a voz de Alice veio com indignação teatral. — Que tipo de amiga faz isso?
Liandra fechou os olhos por um segundo antes de responder:
— Eu tô aqui, né? Agora você já sabe.
— Não, senhora — Alice retrucou. — Isso não vai ficar assim. Onde você está?
— No centro de treino.
— Ótimo. Tô indo pra aí.
Liandra nem teve tempo de protestar. Quando desligou, o pai dela atento , firme, experiente, a encarou com aquele olhar que via além do rosto.
— Pode ir, filha. — diss