No quarto luxuoso da mansão Kovalenko, Natália jogava peças de roupa dentro da mala com movimentos rápidos, quase furiosos. O zíper arranhava o silêncio, interrompido apenas pelo som abafado de sua respiração curta.
Fora chutada da própria casa com uma mensagem simples e direta: “O clã Kovalenko tem um novo acordo com os Rurik, leve sua mancha de traição para longe do nosso clã.”
O celular no viva-voz estava sobre a cômoda, de onde a voz fria e amarga de Ksenia Romanov, uma das irmãs de Yelena, ecoava pelo cômodo.
— Você entende o que isso significa, não é, Natália? — A voz de Ksenia vinha entrecortada, mas carregada de fúria contida. — A Escolhida de Morrigan. Aquela… Humana imunda, agora coroada como algo intocável! Minha irmã morreu, e todos fecham os olhos porque têm medo de uma Deusa profana!
Natália parou, respirou fundo e ajeitou uma echarpe de seda sobre a pilha de roupas.
— Acredite, Ksenia, eu entendo melhor do que ninguém. — Sua voz era baixa, cortante como vidro. — Ele jog