A brisa fria do mar, o murmúrio arrastado da música distante, o reflexo trêmulo e prateado da lua na água escura — tudo parecia conspirar para amplificar o vazio sufocante entre eles. E Mia, sentada sozinha na areia úmida, com a garrafa de bebida quase vazia e pesada na mão, sabia que aquele era mais um desses momentos dolorosos em que o silêncio cortante entre eles dizia mais do que qualquer torrente de palavras. O sal do ar era quase tão amargo quanto o gosto da frustração em sua boca.
Bryan suspirou profundamente, um som sôfrego e contido que ele mal permitiu escapar. Sentia o coração apertado no peito com a cena caótica e pública diante dele — sua Rainha Luna, vulnerável e desamparada. A prioridade era o controle do Alfa.
Com um cuidado que beirava a impaciência, tentou levantar Mia da areia ainda quente, amparando o corpo mole dela contra a rigidez calculada do seu. Sentiu o cheiro forte da bebida dela, um contraste violento com o perfume suave que ele conhecia.
— Vamos, agora. N