Mia tentou lutar, um último surto de dignidade contra a avalanche de emoções que Bryan representava. Seus punhos se cerraram contra o peito duro dele, os músculos tensionados numa resistência fútil. Mas seu corpo, o traidor mais eficiente, já havia capitulado. Cada célula, cada nervo, respondia à energia selvagem e desesperada que ele emanava, uma força primal que falava diretamente com a loba dentro dela, com Mika, que uivava de reconhecimento e submissão. Ele não estava ali para diálogo ou explicações; sua presença era uma tempestade de pura necessidade, e Mia era o único porto seguro capaz de contê-lo.
Algo estava profundamente errado, quebrado dentro dele, e essa percepção a inundou com uma onda de desorientação ainda maior. Ela queria entender o que o havia levado àquele estado, qual demônio ele tentava exorcizar com o corpo dela, mas ele se mantinha um forte inexpugnável, revelando apenas a fumaça, nunca o fogo.
O quarto afundou em um silêncio pesado, denso como algodão molhado,