☆ Aneliese Moore ☆
Faz alguns bons minutos que chegamos à casa dos meus pais — quase trinta minutos ou um pouco mais do que isso, pra ser exata, mas quem está contando? Ah, certo, eu estou. E nesse exato momento, me encontro encostada na ilha da cozinha — esse santuário de mármore que testemunhou desde brigas épicas até reconciliações dramáticas — ao lado de Emy.
Nós duas estamos ali, de braços cruzados e expressões idênticas: um misto de incredulidade e puro entretenimento, enquanto observamos nossos pais, nossa tia e até nossos avós rodearem Alexander como se ele fosse uma criatura recém-descoberta em um documentário da National Geographic.
E o pior de tudo — o pior — é que ele parece absolutamente à vontade.
Alexander Blake, com toda a sua compostura britânica e aquele sorriso que parece ensaiado em frente ao espelho, está lidando com todos eles como se tivesse nascido para ser o centro das atenções. O que, convenhamos, não é exatamente mentira. Sendo quem ele é — CEO, arquiteto