Aneliese Moore
O salão era um espetáculo por si só — um templo erguido à beleza, ao luxo e à precisão de cada detalhe.
As altas colunas de mármore branco sustentavam o teto abobadado, que parecia ter sido pincelado com o brilho líquido do ouro. Lustres de cristal pendiam lá do alto, refletindo a luz em mil fragmentos que dançavam nas paredes, nas taças, nos olhos de quem se deixava encantar. O som distante de um quarteto de cordas preenchia o ar, leve e refinado, como se a música flutuasse sobre o burburinho educado das conversas.
Eu podia sentir o perfume do ambiente — uma mistura de flores brancas e champagne, com um toque metálico de prata polida.
Os garçons deslizavam entre os convidados com passos silenciosos, equilibrando bandejas que reluziam sob a luz. Taças de cristal se erguiam em brindes discretos, e risos contidos se misturavam ao murmúrio elegante de vozes baixas. Tudo ali parecia cuidadosamente ensaiado para ser perfeito.
Mas a perfeição tem um som específico, e naquela