Em casa, Matt vai direto pro banho; eu ataco a cozinha. Arroz no fogo, bolo de carne no forno, panela de água pra virar penne borbulhando. A fome bate antes do jantar: abro a geladeira e belisco uma torta de limão — colheradas culposas que fazem os olhos fecharem de prazer.
— Que cheiro bom. — Matt reaparece só de bermuda clara, cabelo úmido. O abdômen desenhado passa, sim, pela minha aprovação silenciosa.
— Bolo de carne e penne. — anuncio, com a colher da torta ainda na mão.
— E você está comendo…?
— A torta que sobrou. — ofereço a colher, ele prova, ri.
— Quer ir pro banho que eu fico de olho aqui?
— Pode ser. — deixo a xícara na bancada. — As meninas chamaram a gente pra passar lá depois. Topa?
— Topo, se você prometer não encostar em nada alcoólico. — ele fala no modo superprotetor, levantando a tampa da panela.
— Por quê?
— Porque seu estômago ainda tá sensível. — lembra.
— Já estou melhor. — retruco.
— Pode piorar. — insiste, leve.
— Ok, papai. — brinco, beijo as costas dele e