— Você não estava viajando? — solto, tentando manter a voz firme.
— Estava. Mas voltei. Queria saber se você já tinha me reconsiderado. — Ele nos encara. Do canto do olho, vejo Cintia prestes a sacar uma pipoca imaginária.
— Misa…
— E aí, Matt, a viagem foi boa? Conseguiu suprir o apetite sexual da Margo?
— Para com isso! — Matt rosna, se adiantando.
— Não aqui. — peço, entrando na frente de Matt e tentando afastá-lo.
— Vadia. — Misa sussurra com raiva.
Matt vai avançar de novo.
— Não! — Seguro seu braço. — Deixa. Vamos pra minha sala.
Ele hesita, me olha, e então assente. Mas eu sei que o fogo entre os dois está longe de apagar. E a minha cabeça… está um caos. Porque, mesmo agora, parte de mim ainda treme quando o Misa entra num ambiente.
E eu odeio isso.
O dia arrastava-se tenso como um elástico prestes a estourar. Passei meia hora tentando acalmar Matt antes da reunião — ele suava frio, a voz trêmula ao falar do pai e dos investidores, como se o peso da empresa fosse muito maior que