Capítulo 32

— Você era um dos amigos da Margo do colégio... Misa, não é? — minha mãe pergunta, franzindo a testa.

Como ela lembra disso?!

— Sim. Um dos muitos. — responde com naturalidade.

Meu pai, com um sorriso de canto, me puxa pelo ombro e solta a bomba:

— E eu que achava que o Matthew seria meu genro... Mas um Patinski já tá de bom tamanho, né? — diz, dando uma piscadinha.

Misa gargalha, debochado.

— O Matthew é mais certinho. Mas eu sou mais... adaptável.

— Ah, isso é o que me preocupa. — meu pai retruca, rindo. — Pelo menos você tem bom gosto.

— Sua filha também. — Misa dispara, indo até a cozinha.

Eu quero gritar. Mas sorrio. Porque, no fundo, eles estavam se entendendo.

— Já tomaram café? — Misa pergunta como se fosse o dono da casa.

Minha mãe solta um “gostei dele” pra meu pai e os dois seguem atrás do Patinski, como se já fossem uma família.

E eu, parada na sala, penso que, de todas as surpresas daquela manhã, Misa interagindo com os meus pais talvez fosse a maior delas.

— Você podia p
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