— Você era um dos amigos da Margo do colégio... Misa, não é? — minha mãe pergunta, franzindo a testa.
Como ela lembra disso?!
— Sim. Um dos muitos. — responde com naturalidade.
Meu pai, com um sorriso de canto, me puxa pelo ombro e solta a bomba:
— E eu que achava que o Matthew seria meu genro... Mas um Patinski já tá de bom tamanho, né? — diz, dando uma piscadinha.
Misa gargalha, debochado.
— O Matthew é mais certinho. Mas eu sou mais... adaptável.
— Ah, isso é o que me preocupa. — meu pai retruca, rindo. — Pelo menos você tem bom gosto.
— Sua filha também. — Misa dispara, indo até a cozinha.
Eu quero gritar. Mas sorrio. Porque, no fundo, eles estavam se entendendo.
— Já tomaram café? — Misa pergunta como se fosse o dono da casa.
Minha mãe solta um “gostei dele” pra meu pai e os dois seguem atrás do Patinski, como se já fossem uma família.
E eu, parada na sala, penso que, de todas as surpresas daquela manhã, Misa interagindo com os meus pais talvez fosse a maior delas.
— Você podia p