Me virei lentamente. Ele estava ali, parado, com a respiração ligeiramente ofegante e a camisa preta colada no corpo. Por um segundo, senti o mundo girar.
Fazia dias que eu não o via. Desde o elevador. Desde... tudo.
E mesmo com toda raiva, decepção e orgulho — meu coração reagiu primeiro: apertou. Senti saudade. Senti falta. Dele. De nós. Do toque, da presença, até da forma como ele me tirava do eixo.
— Misa! — Matt tentou soar natural. — O que você tá fazendo aqui?
Eu fiquei quieta. Meu coração batendo alto demais. Me escondi atrás de um sorriso contido, e fiquei ali, flutuando em silêncio, esperando entender por que ele veio. E se veio por mim.
— Viemos fazer uma visitinha — aquela voz doce e afiada cortou o ar como uma faca de manteiga. Virei no mesmo instante, o estômago travando num embrulho que nem o sol morno conseguiu desfazer.
July estava ali. Sorridente, ofuscante, com o rosto maquiado na medida exata entre o effortless chic e o “olha como sou perfeita”. Ela se apoiou em Mi