LUCIEN MORETTI – ITÁLIA

Eu estava estudando os movimentos de Ângelo. Cada pagamento. Cada propriedade. Cada rota de fuga. Tudo precisava estar coberto para que, quando eu fosse atrás dele, não tivesse onde se esconder.

Mas então, um alerta interrompeu a varredura.

Um código que não deveria ser ativado.

Levantei a cabeça.

Uma notificação de movimento na antiga sede da Seraphim Corp.

Um acesso não autorizado.

Uma figura feminina.

Meu estômago afundou.

Reproduzi a gravação e meu mundo parou.

O ar ficou preso nos meus pulmões.

Addy.

—Não… —sussurrei, recuando um passo, sem ar—. Não. Não. Não.

Congelei o quadro. Era ela.

Seu casaco.

Seu cabelo.

Seu rosto.

Estava em Milão.

Sozinha.

Como diabos ela tinha chegado lá?

Ativei a transmissão ao vivo.

A câmera a seguia pelo corredor… até a sala.

Lá estava a taça. A tela acesa. E ele.

Ângelo Crane falando com ela por uma tela.

Mas eu sabia. Ele estava naquele prédio. As câmeras térmicas confirmavam.

Sua silhueta brilhava em vermelho em uma sala pró