Não falo com mães monstros.
Depois que Richard saiu do meu quarto, caí sentada na cama, a mão na boca, sufocando minhas lágrimas. Ele ia cometer uma loucura. Como evitar isso? Deveria contar a alguém o que estava acontecendo? Sabia que Nicolas, meu marido, não entenderia a situação, e também sabia que Richard me odiaria se eu falasse algo para alguém. O que fazer? A angústia me apertava o peito.
Limpei meu rosto, enxuguei as lágrimas e, decidida, fui até o quarto de Ângela. Na terceira batida, ela abriu a porta, me fitando surpresa.
__"Oi, tia Amy, aconteceu alguma coisa?", perguntou ela, com a voz suave.
__"Posso entrar?", perguntei, tentando manter a calma.
Ela me deu passagem. Entrei e me sentei na ponta da cama; Ângela sentou-se ao meu lado. Fui direta.
__"O que está havendo entre você e Richard?", perguntei, observando sua reação.
Ela ficou vermelha, um rubor que se espalhou por suas bochechas.
_/"Nada, tia. Richard tem me apoiado...", respondeu ela, a voz baixa.
__"Apenas isso?", insisti, percebendo