Cheguei em casa e Katy estava na entrada, com uma sacola de pães. A surpresa dela ao me ver naquela hora foi óbvia.__ "Por que você está aqui tão cedo?", perguntou. __"Preciso conversar com Emma, preciso explicar a ela sobre a foto do jornal.__ Vi numa banca na rua e muita gente me perguntou se eu sabia de alguma coisa. Tive que fingir de tola para não falar nada." "Como você pôde, irmão? Trair sua mulher grávida?", ela disparou. Estava prestes a explodir. __"Eu não traí ninguém! Foi tudo um plano da irmã maluca dela!"__"E você quer que eu acredite nisso?", ela retrucou, incrédula. "Pelo amor de Deus, Katy , você me conhece. Eu não sou esse tipo de homem! Foi armação dela, armação da Ivy!"Katy deu de ombros, sua descrença evidente. Eu sabia que ela não acreditaria em mim. Abrimos a porta e entramos. A cena que se seguiu congelou meu sangue. katy deixou a sacola cair, pães espalhando pelo chão. Aos pés da escada, Emma estava desacordada, em meio a uma poça de sangue.Um
Queria dirigir, mas minhas mãos tremiam tanto que era impossível. Katy , ao meu lado, assumiu o volante com maestria. Seus olhos, firmes e determinados, se alternavam entre a estrada e meu rosto. __"Calma", ela repetia, mas a calma era um luxo que eu não podia me dar. Havia perdido minha filha. A dor era insuportável, e agora, sabendo que não fora um acidente, a dor se multiplicava, misturada ao ódio e ao desejo de vingança.Chegamos à mansão dos Garrido, mas Ivy não estava lá. Rodamos a cidade inteira, sem encontrá-la. Katy num momento de lucidez, disse: __"Espere uma hora. Ela vai aparecer." Mas eu não conseguia raciocinar. Minha raiva era um incêndio incontrolável. As lembranças dos planos que eu fizera com minha filha, agora perdidos para sempre, alimentavam meu ódio.Então, o vi. Billy Johns, atravessando a rua. Desci do carro num pulo, agarrando-o pelo pescoço antes que ele pudesse reagir. Desferi dois socos em seu rosto, o joguei no chão e me lancei sobre ele, desfe
Acordei com a mesma pontada no peito, a mesma sensação de vazio que me acompanhava desde o pesadelo que não era pesadelo. A perda do meu bebê ainda ecoava em mim, um grito silencioso que só eu conseguia ouvir. A cama de hospital, fria e impessoal, era o meu palco de sofrimento. Olhava para o teto branco, esperando que ele me desse alguma resposta, alguma explicação para a dor que me dilacerava. Meu ventre, antes abrigado por uma vida que eu tanto esperava, agora era uma ferida aberta, uma lembrança constante da minha tragédia.E a Ivy? A minha irmã, a suposta causadora de toda essa dor. A culpa me corroía por dentro. O que eu fiz para merecer isso? Sempre fui uma boa irmã, sempre a tentei ajudar, sempre a apoiei. Mas ela tinha uma sede insaciável, uma inveja doentia que a consumia. Tudo o que eu tinha, por menor que fosse, ela queria para si. As pessoas que eu amava, os momentos de felicidade, tudo era roubado por ela, como se a minha existência fosse uma ameaça constante à
__"Como você ousa falar isso, seu traidor!", Ivy sibilou, os olhos faiscando de raiva. __"Minha lealdade com você terminou no momento em que você tentou contra a vida da mulher que amo", Billy respondeu. "Você havia prometido que não tocaria em um fio de cabelo de Emma, no entanto, tentou matá-la. Nesse momento, qualquer pacto que tivéssemos feito acabou. Tudo o que eu queria era ter Emma de volta, não vê-la morta."Ivy começou a gritar, histérica. ___"Você é um imbecil! Um imbecil! Por que você falou? Por que você falou?!", ela berrava, o rosto contorcido pela fúria. Billy, impassível, respondeu: __"Está na hora de você parar com essa obsessão doentia e enfrentar a verdade."Foi nesse instante, depois de tudo aquilo, que me levantei. A inércia que me prendia à cama se rompeu. Sentei-me, os olhos arregalados, observando a cena caótica. Soltei um grito, minha voz rouca pela dor e pela raiva reprimida. __"O que está havendo?", pergunta ivy sem entender o que estava acontecendo
Fiquei por um momento olhando para ele, as lembranças da nossa história juntos inundando minha mente. O início foi uma linda história de amor, sim. Eu amei Billy, de certa forma, um amor diferente, um amor de uma época diferente da minha vida. Mas agora, olhando para ele, só me lembrava de quanto eu havia amadurecido. A conversa com ivy a um tempo atrás havia me feito perceber a diferença entre o que eu sentia por Billy e o que sentia por Jhon . Ela tinha razão quando disse, no início, que o que eu sentia por Billy não era um amor maduro, era uma paixonite adolescente. Hoje eu entendia isso. Eu gostava muito dele, mas não era algo profundo o suficiente para durar. Com John, era diferente, era um amor maduro, um amor pronto. Então, eu disse: ___ "Billy, nós fomos felizes juntos, isso eu não nego. Você era um namorado perfeito. Mas o tempo passou, e meus sentimentos por você mudaram. Já não sinto mais por você o que sentia antes. Agora, outra pessoa ocupa meu coração." Ele me inter
Aquele instante no hospital, o pedido silencioso de Emma para que eu deixasse o quarto a fim de que ela pudesse conversar a sós com Billy, marcou o fim. Não foi uma discussão, não houve um rompimento explosivo, apenas a fria constatação de uma realidade inegável: Eu não fazia mais parte dos planos dela. A preferência por Billy era evidente, inquestionável, e a persistência em sua ilusão se tornou um ato de autoflagelação. A esperança de conquistar seu amor, de ser amado por ela, evaporou como orvalho ao sol da manhã. A decisão de parar as visitas ao hospital foi dolorosa, uma luta interna entre o desejo de vê-la e a agonia insuportável de sua ausência. A cada visita, a ferida se abria novamente, crua e sangrante. As atualizações de katy , embora esparsas, eram o único elo com uma realidade que já não lhe pertencia, um fio tênue de conexão com um passado que se esvaía a cada dia. A partir daquele dia, a vida perdeu o sentido. A apatia se instalou, sufocante e implacável. O t
Quando me lembro que a um ano atrás ainda éramos uma família feliz e próspera que viajava todo final de semana para fora do país, fazíamos compras nas melhores lojas ,frequentavámos teatros ,cinemas e sempre sentando na primeira fila agora mal saímos de casa, não nos convidam mais para jantar ou para comparecer em qualquer evento,os que intitulavam nossos amigos se afastaram assim que meu pai declarou a falência . Falência!! Essa palavra descia amarga,admito que tinha sido uma queda muito grande para todos principalmente para meu pai que não admitia a possibilidade de perder a empresa que era uma herança de familia e para minha irmã mais velha ivy que não queria abrir mão dos seus luxos ontem mesmo ela tinha gasto uma grande quantia em um vestido ao qual meu pai tinha obrigado a devolver,as vezes tinha vontade de sacudir_ la para que a mesma acordasse para a realidade de uma vez por todas e entendesse nossa realidade atual .Neste momento meu pai chegou segurando uma maleta ele pareci
Esfrego pela terceira vez meu olho cansado e embaçado, passar a noite acordado lendo e relendo propostas de negócios tinha sido uma péssima idéia desde o princípio , para alguem com os dois olhos funcionando isto seria cansativo imagina para mim que contava com apenas um olho bom, sabia que era muita idiotice de minha parte mas enfim tinha perdido o sono e para evitar ficar na cama olhando o teto e tendo pensamentos depressivos e homicidas fui para a empresa amanhecendo o dia lá sozinho apenas eu e os computadores. As setes horas da matina os meus funcionários começaram a chegar um por um se assustando ao me ver ali aquela hora da manhã, conseguia ler nos seus olhos perguntas do tipo " o que ele está fazendo aqui a essa hora?" será que pirou de vez? Roger meu amigo e meu braço direito aqui na empresa entrou na minha sala sentando de frente para mim que brincava com uma caneta passando ela entre meus dedos grossos .___ por que veio hoje tão cedo?__ na verdade vim ontem a noi