Althea encarava os olhos dourados que a mantinham prisioneira não apenas fisicamente, mas de uma forma que não conseguia explicar. Algo primitivo e antigo pulsava entre eles, uma conexão que desafiava a lógica e o ódio que deveriam sentir.
— Prefiro morrer do que pertencer a você — ela repetiu, sua voz carregada de determinação.
Rhaeven se afastou. Ele circulou a cama como um predador avaliando sua presa, seus olhos nunca abandonando os dela.
— A morte seria um fim muito simples para a mulher que trouxe a ruína para mim.
Althea se sentou na cama, ajeitando suas vestes rasgadas pela batalha e observando cada passo dele. Ela sentiu a ausência do bracelete em seu pulso como um membro fantasma. Sem sua proteção, estava verdadeiramente vulnerável.
— Eu não te obriguei a matar sua própria loba — ela retrucou. — Você fez sua escolha.
O rosto de Rhaeven endureceu, músculos se contraindo sob sua pele bronzeada. A menção de Nia abriu uma ferida crua demais.
— Não ouse falar dela! — Sua voz trov