Sharon Belmont
A onda de calor estava deliciosa; eu adorava o sol devia ser herança do meu sangue latino. Por mais que Dante não gostasse que ficássemos no jardim, era lá que eu pretendia passar o dia inteiro com o pequeno Nick.
Assim que cheguei ao trabalho, tirei toda a roupinha dele, deixando-o apenas de fralda. Fiquei feliz em ver que Freda estava bem; ela fazia muita falta quando não vinha.
Janet tinha medo que Nick caísse, já que agora ele queria andar para todos os lados. Por isso, até eu chegar, ela o mantinha no andador. Sob a reclamação de Freda, desarrumei tudo, afastando os móveis da sala e forrando o chão com placas de E.V.A. O emborrachamento, além de dar um visual divertido com suas cores vivas, diminuía consideravelmente o impacto de uma queda.
Nick estava com a mão elétrica, não parava quieto, e confesso que já não sabia o que fazer. Perguntaria ao pediatra, porque cada vez que ele metia a mão em algo perigoso sobre os móveis, eu apontava o dedo e dizia:
— Não pode.