Sharon Belmont

Como Freda fazia falta. Ela pegou um baita resfriado e ficaria três dias em casa. Janet era péssima na cozinha e eu nem tentaria, era pior que péssima. Restou-me o macarrão instantâneo.

Sorte do Nick que tinha aqueles potinhos de comida já prontos. Tudo bem que o “papá” do bebê era feito com pouco, ou quase nenhum, tempero, mas, nesse caso, acho que eu conseguiria me sair razoavelmente bem.

Quem via de fora pensava que eu viera cuidar de Nick e, de fato, essa era a intenção. Mas a verdade é que era ele quem cuidava de mim.

Tudo bem que eu me afogava em balas para controlar a ansiedade e a vontade de um trago de cigarro ou de conhaque; no entanto, podia dizer com orgulho que o fato de eu não usar nenhum dos dois, nem em casa, nem no dia de folga, era porque o medo de perder o Nick me mantinha longe da bebida e do cigarro.

Eu o amava. Muito.

Janet já não nos seguia para todos os lados. Ganhei a confiança dela, o que foi ótimo.

Sem Freda, ela optou por cuidar dos afazeres