Ingrid de Danielle

Não tinha tempo para me preocupar com o Denner Menegaço. Se ele quer ficar com raivinha, dar um de seus pitis e dizer que não quer nada comigo feito um adolescente birrento, o problema é todo dele.

Não irei me importar.

O mais preocupante e urgente que eu tinha para fazer era tirar o passado aberto que estava dentro da minha casa. Desci do carro tão apressada que nem lembro se apertei o alarme para travar as portas. Entrei enxergando preto e branco de tanta raiva. Queria acabar com a pessoa que passou meu endereço para esse infeliz.

Era tanta aflição dentro de mim que saí atropelando tudo que vinha pela frente. Júlio estava ali, sentado no meu sofá. Minha mãe estava de pé entre a porta da sala e da cozinha e, o pior, Valentim batendo papo com aquele que ele não tinha ideia de que era o pai.

Com sorte, o Júlio também não sabe que Valentim é seu filho; apesar que a cor do cabelo ter dado uma misturada, as feições do meu filho puxou mais para a minha origem latina.

— M