Eu o encarei de cima a baixo. Ele não era feio, e em outra ocasião, se eu fosse outra Alina, poderia ter aceitado aquela dança. Mas não hoje, não agora.
— Obrigada, mas não estou no clima. Só vim pra... respirar um pouco.
— Vamos, uma dança não mata ninguém. — Ele riu insistindo e inclinando-se mais. — Vamos se divertir.
Eu estava prestes a mandá-lo para o inferno, mas antes que eu pudesse responder, uma voz cortou o ar.
— Ela está acompanhada. — Era Leon, aparecendo do nada empurrando o homem com seu corpo enquanto se posicionava ao meu lado no balcão. O homem recuou, murmurando algo e se afastando.
— Quando você chegou aqui?
— Logo depois que você — respondeu ele, pedindo um copo d’água ao barman. — Te segui assim que saiu.
Ri, um som meio bêbado e meio irônico, enquanto já pegava a nova dose de whisky. Eu nunca tinha saído para bares ou baladas, não tive esse tipo de adolescência, eu vivia na fazenda e apenas isso. Mas quando fiz dezoito anos roubei uma garrafa de whisky do meu pai