A reunião estava pegando fogo, o ar na sede estava carregado de tensão e fúria, como se cada palavra fosse uma faísca pronta para incendiar o lugar inteiro. Os cinco alfas das alcatéias vizinhas estavam ali, sentados em volta da mesa de madeira antiga, os rostos marcados pela raiva e pelo cansaço, os olhos dourados brilhando com uma intensidade que eu conhecia bem a sede de sangue.
Ao lado deles estavam os anciões de confiança de cada alcatéia, velhos lobos com cicatrizes que contavam histórias de batalhas antigas, murmuravam entre si, as vozes roucas ecoando no salão.
A cena que havíamos encontrado no acampamento dos desgarrados ainda queimava na mente de todos, corpos dilacerados, o cheiro de sangue e morte impregnado na terra, os uivos de dor dos sobreviventes ecoando como fantasmas. Aqueles humanos os caçadores dos laboratórios haviam levado dez dessa vez e conseguido matar seis em uma emboscada covarde. Os nervos estavam à flor da pele, e eu sentia o meu lobo rosnando baixo, rasp