5. Não me procure nunca mais

Luana pediu o adiantamento das férias, Victor não gostou muito, mas aceitou. Ele sabia que ela queria adaptar sua casa para a chegada do seu irmão, já que o mesmo ficou paraplégico, então precisava fazer algumas mudanças. 

Ela contratou um empreiteiro, para deixar os batentes das portas mais espaçosos, colocou suportes de apoio no banheiro, desativou o escritório do seu pai no térreo e o transformou em um quarto confortável para Nathan. Ela também foi em uma loja que vende equipamentos médicos, comprou uma cadeira de rodas para passeio e uma para banho. 

A reforma acabou atrasando, seu irmão também não teve alta do hospital, então ela teve que correr de um lado para o outro, hora ela estava trabalhando, hora no hospital, e horas acompanhando as obras. Quase nem via Victor, que já estava bem irritado com a situação.

Amor, posso passar na sua casa, para te buscar?

— Victor, estou com serviço acumulado, gostaria de estar colocando em dia.

— Amor, eu sinto sua falta. Agora você só quer saber do Nathan, e eu? Eu sou seu noivo.

— Eu sei, meu amor, e peço desculpas. Mas sabia que meu chefe é muito bravo? Ele não gosta de atrasos em nossas obrigações. — Ela diz sorrindo, com cara de arteira, ele solta uma gargalhada gostosa.

— Sabe, ele me contou, que se sair para jantar com ele hoje, ele te ajuda a colocar tudo em dia amanhã. — Foi a vez dela soltar uma gargalhada.

— Já que vai me ajuda, vou tomar banho, passa aqui em trinta minutos. 

Em trinta minutos Victor chega, mas Luana ainda não havia terminado de se arrumar, ele senta no sofá e fica conversando com o pai da Luana sobre a bolsa de valores, de repente ele para a frase na metade ao se deparar com Luana descendo as escadas.

— Ela está linda, não está? — O pai dela diz, cutucando Victor, que se mantinha hipnotizado pela beleza de Luana.

— Sim, ela é maravilhosa. — Victor diz, ainda a admirando.

— Vamos? Desculpe a demora. — Luana diz ao chegar na sala, ele vai até ela, a rouba um beijo casto.

— Valeu a pena esperar. — Ela sorri timidamente e juntos seguem para o carro.

Eles foram para um restaurante italiano muito famoso da cidade, conversaram bastante e Victor tentou ao máximo não falar do irmão dela e nem nada sobre o acidente, ele queria a atenção dela somente para ele. Ao fim da noite ele tentou levá-la para seu apartamento, mas ela estava cansada e disse que seria melhor irem para casa dela, ele não gostou, mas compreendeu. 

Três meses se passaram, e Luana continuava focada em seu irmão, Victor continuava sendo a segunda opção para ela, já que seu irmão quem precisava de atenção no momento.

As obras finalizaram e Nathan teve alta, ela está extremamente cansada devido à correria, mas gostou do resultado, seu irmão teria todo conforto em casa, e isso a deixava feliz.

— Luna, você caprichou. — Nathan diz sorrindo, olhando para o quarto que sua irmã preparou com tanto carinho.

— Você merece tudo isso e muito mais. — Ela o abraçou com carinho. — É bom te ter de volta em casa.

— É bom estar em casa. E você está querendo voar?

— Do que você está falando, doido?

— Olha para você, está magra e acabada. — Ela j**a o travesseiro nele que solta uma gargalhada gostosa. — Sério, irmã, eu estou bem, vai para o seu quarto, toma um banho gostoso, veste um vestido bem sexy, e vai para a casa do seu namorado, ele deve estar sentindo sua falta.

Luana retrucará, mas pensando bem, ela estava com saudade do seu noivo, então ela dá um beijo na bochecha do irmão e corre para seu quarto. Alguns minutos depois ela aparece com um vestido azul, na altura dos joelhos, com uma grande abertura nas costas, cabelos soltos e com uma maquiagem clara.

— Fui, fiu! Ah, se não fosse minha irmã, eu pegava fácil. — Luana dá uma gargalhada e diz.

— Pegava nada!

— Sério Luna, você está maravilhosa.

— São seus olhos — Ela diz sorrindo, pois sabia que o irmão odiava quando ela respondia assim.

Luana estava feliz por ver seu irmão bem, mas, no fundo, ela sabia que ele ainda sofria por Michele, não querendo borrar a maquiagem ela se despediu da família, chamou um carro por aplicativo, e seguiu ansiosa para casa do Victor.

Em sua sala, com os amigos e algumas mulheres, Victor bebia e se divertia.

— Vitão, você terminou com a gostosa da Luana?

— Chama minha mulher de gostosa mais uma vez, que quebro a sua cara.

— Calma, cara, não está mais aqui quem falou. Só perguntei porque todo dia fazemos festa aqui, e você pega uma mulher por dia.

— Não que seja da sua conta, ela está passando por problemas familiares.

— E você não teria que estar apoiando-a?

— Para de falar da minha vida e vamos aproveitar nessa merda, se não pode ir embora.

Seu amigo se desculpa, e bebe sua bebida. 

Alguns minutos depois, a campainha toca, enquanto Madeleine atende a porta, Victor está aos beijos no sofá, com uma loira vestida apenas de lingerie.

Quando o silêncio se instala no ambiente, e um som de garrafa se quebrando paira no ar. Victor desfaz do beijo e dá um tapa na bunda dela, só então, ele vê Luana parada em frente a uma poça vermelha e cacos de vidro.

Ele j**a a mulher para longe do seu colo, e levanta rápido indo em direção da Luana que permanecia imóvel.

Ela não conseguia acreditar no que via, a sala estava parecendo um chiqueiro, cheio de embalagens de salgadinhos e bebidas, o odor de sexo, cigarro e álcool embrulhou seu estômago, mas seu noivo beijando outra mulher foi o pior para ela.

— Amor, eu posso explicar!

— Não tem o que explicar Victor, eu vi.

— Amor, venha comigo, você pode se machucar. — Luna olha para seu pé e vê um caco de vidro enorme cravado em sua pele, ela preferia que fosse no coração, pois assim ela teria a certeza de que morreria e nunca mais se sentiria tão humilhada.

— Me solta Victor, continue com sua festinha, e não me procure nunca mais.

— Olha ela, toda bravinha. — Um dos amigos de Victor zomba dela, todos riem, e Victor não diz nada. Ela começa a mancar até a saída e Victor a pega no colo.

— Me solta, seu troglodita.

— Me solta, seu troglodita

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