A Mãe que Fala com Cinco Corações
O final da tarde chegou com uma luz dourada filtrando pelas janelas do hospital. O som suave dos monitores formava uma trilha calma, quase como se acompanhasse o ritmo do coração de Aimee, que começava a se acalmar.Ela ainda estava sentada, observando as três incubadoras através do vidro. Ryan permanecia ao seu lado, com o braço protetor envolvendo-lhe os ombros. Mercedes, que havia passado o dia entre a UTI neonatal e o quarto, bocejou discretamente.Aimee percebeu e virou-se, com aquele olhar maternal que até a própria mãe respeitava.— Mamãe… a senhora não dormiu nada. — disse, com doçura. — Volte pra casa, por favor.Mercedes balançou a cabeça de leve.— E te deixar sozinha aqui? De jeito nenhum, Aimee.— Eu não tô sozinha, mamãe. — ela sorriu e apontou para o marido. — Olha o tamanho desse ogro aqui. Ele ocupa o quarto inteiro.Ryan riu, passando a mão pelos cabelos.— Pelo meno