O barulho da fechadura eletrônica soou seco quando Ryan girou a maçaneta. O loft estava com as luzes mais baixas, o aroma de baunilha misturado com incenso importado denunciava que ela já havia chegado.

Jogou a chave em cima do aparador de mármore, sem pressa. O blazer de linho fino escorregou pelos ombros, ficando pendurado em uma das banquetas. Seus passos eram lentos, como os de um predador.

— Pensei que ia me fazer esperar, — a voz rouca e provocante cortou o silêncio.

Ela estava ali. Escorada na parede ao lado da cozinha gourmet, usando apenas um roupão curto de cetim preto, entreaberto. As pernas torneadas estavam cruzadas, e ela segurava uma taça de vinho tinto como se fosse parte da decoração luxuosa. O cabelo molhado indicava que havia tomado banho em sua ducha — como de costume.

— Eu pedi que me esperasse. Você obedeceu... — ele murmurou com um sorriso enviesado, tirando o celular do bolso.

Ela riu, e ergueu a taça num brinde im