— Obrigado. — Disse Francisco.
Fabíola notou a expressão abatida dele e estava prestes a dizer algo quando a voz do Mestre Valentino ecoou do lado de fora:
— Fabíola, venha aqui. Preciso falar com você.
Ela se levantou e murmurou baixinho:
— Vou lá. Se precisar de algo, é só me chamar.
— Certo. — Disse Francisco.
Ao chegar na farmácia, Fabíola se aproximou do Mestre Valentino, que estava selecionando ervas.
— Vovô, o que o senhor quer falar comigo?
Mestre Valentino continuou a mexer nas ervas enquanto falava em tom grave:
— A partir de agora, não precisa mais levar o remédio para Francisco. Deixe na sala e deixe que ele venha pegar.
Fabíola franziu a testa.
— Vovô, ele está numa cadeira de rodas, é difícil para ele.
— Você não é empregada dele. E não pense que eu não percebi o que está acontecendo. Ele também percebeu, mas não quis te expor, por isso não falou nada.
Fabíola ficou irritada de imediato:
— Vovô, eu não tenho intenções com ele. Ele é o noivo da Renata, eu nunca faria isso.