Já fazia uma semana desde que eu me declarei para o Lucas. Uma semana desde aquele beijo. Uma semana desde aquela noite em que pedi para ele dormir comigo... de conchinha.
E eu ainda não consegui superar.
A cada hora livre, cada intervalo entre as aulas, cada silêncio que pairava no meu quarto ou mesmo em meio a uma multidão, minha mente voltava para aquela cena. O calor dos braços dele me envolvendo, o jeito como ele sussurrou “tá bom” antes de me abraçar. A forma como ele parecia caber tão perfeitamente em mim. Como se fosse... o lugar certo.
Mas por que eu fiz aquilo?
Eu gosto do Noah, não gosto? Sempre gostei. Ele é o garoto que todo mundo quer. O mais bonito, o mais atlético, o mais popular. O pacote completo. Então por que, diabos, eu me declarei para o Lucas?
Me pego mordendo o lábio inferior e balanço a cabeça, como se o movimento pudesse expulsar os pensamentos incômodos dali. Volto a prestar atenção na Mel, que falava empolgada ao meu lado, sentada na arquibancada do ginásio