Stella Willians
Fechei a porta do quarto devagar, o clique suave da maçaneta soando como um sussurro cúmplice. Encostei as costas nela e deixei escapar um longo suspiro. Meus olhos se fecharam sozinhos, e um sorriso nasceu nos meus lábios, daqueles que não se controlavam, não se escondiam, não se apagavam. Ainda sentia o corpo quente, o coração acelerado, os sentidos em alerta como se tudo tivesse acontecido há segundos.
Levei os dedos até os lábios, tocando-os suavemente. Eles ainda formigavam. Ainda guardavam o gosto de Dominic, o gosto do beijo intenso, do desejo antigo finalmente realizado. A lembrança veio como uma explosão – o toque das mãos dele percorrendo minha pele, o som da respiração pesada entrecortada por gemidos abafados, o calor insuportável que só se dissipou quando nossos corpos finalmente se uniram. Foi melhor do que qualquer devaneio, do que qualquer fantasia. Foi intenso, foi cru, foi real. E foi nosso.
A sensação dele ainda estava em mim. No meu corpo, no meu pe