Capítulo 2

Capítulo 2

A reunião foi longa e intensa, com Dante comandando a sala com sua presença imponente. Ele era incisivo, direto e exigente, mas Lara manteve-se impecável, apresentando os dados com precisão e respondendo às perguntas dos executivos com confiança. Enquanto falava, ela sentia o olhar de Dante sobre ela, pesado e penetrante, como se ele estivesse tentando decifrar algo que ela nem mesmo sabia que escondia.

Dante, por sua vez, não conseguia tirar os olhos dela. Havia algo em Lara que o intrigava profundamente. Ela era competente, sim, mas era mais do que isso. Havia uma força silenciosa nela, uma resistência que despertava nele uma curiosidade insaciável. Ele se questionava por que nunca a notara antes. Como alguém como ela poderia ter passado despercebida por tanto tempo?

Quando a reunião terminou, os executivos saíram da sala, deixando Dante e Lara sozinhos por um breve momento. Ele se levantou de sua cadeira à cabeceira da mesa e caminhou em sua direção, seus passos firmes ecoando no silêncio do ambiente.

"Lara," chamou ele, sua voz grave e suave, como um aviso silencioso.

Ela estava recolhendo seus documentos, mas parou ao ouvir seu nome. Olhou para ele, mantendo a postura profissional, mas sentindo um frio na espinha.

"Sim, senhor Salvatore?"

"Venha ao meu escritório," ele disse, não como um pedido, mas como uma ordem. "Precisamos conversar."

Lara hesitou por um instante, mas sabia que não poderia recusar. Acompanhou-o em silêncio, seus passos rápidos tentando acompanhar os dele enquanto ele caminhava com confiança pelo corredor. O escritório de Dante era amplo e luxuoso, com uma vista deslumbrante da cidade. Ele fechou a porta atrás deles, e o som ecoou como um trovão no silêncio do ambiente.

"Sente-se," ele indicou uma cadeira em frente à sua mesa.

Lara obedeceu, sentando-se com postura ereta, as mãos sobre o colo. Ela tentou manter a calma, mas o coração batia acelerado, e o cheiro dele, aquele aroma amadeirado e almiscarado, parecia inundar o ar ao seu redor.

Dante sentou-se em sua cadeira, mas não falou imediatamente. Ele a observou por um momento, como se estivesse tentando decifrar cada detalhe dela.

"Você gosta de trabalhar aqui?" perguntou ele finalmente, sua voz suave, mas carregada de intenção.

"Sim, senhor," respondeu ela, mantendo o tom profissional.

Dante estudou-a por um momento, seus olhos escuros parecendo enxergar diretamente em sua alma.

"Acho que subestimei você, Lara," ele disse, sua voz mais baixa agora, quase um sussurro. "Você é muito mais do que parece."

Lara sentiu um calor subir por seu rosto, mas manteve a compostura.

"Eu apenas faço meu trabalho, senhor."

"Sim, e muito bem," ele concordou, mas havia algo em seu tom que a fez sentir que ele não estava falando apenas do trabalho. "Mas há algo mais em você, algo que eu não consigo ignorar."

Lara olhou para ele, finalmente, e seus olhos se encontraram. Havia uma intensidade em seu olhar que a fez sentir exposta, como se ele pudesse ver todos os seus segredos.

"Eu não sei do que você está falando, senhor," ela respondeu, mas sua voz falhou levemente, traindo sua confusão.

Dante sorriu.

"Acho que você sabe, Lara," ele disse, levantando-se de sua cadeira e caminhando em sua direção. "Você sente isso tanto quanto eu."

Ele parou em frente a ela, e Lara sentiu o ar sair de seus pulmões. Ele estava tão perto que ela podia sentir o calor de seu corpo, o cheiro dele envolvendo-a como um abraço.

"Senhor Salvatore..." ela começou, mas sua voz falhou.

"Dante," ele corrigiu, sua voz suave, mas firme. "Me chame de Dante."

Lara sentiu um arrepio percorrer sua espinha. Ela sabia que estava sendo puxada para um caminho sem volta, mas não conseguia encontrar forças para resistir.

"Dante," ela sussurrou, quase sem querer.

Ele sorriu, satisfeito, e deu um passo ainda mais perto.

"Você sente isso, não sente, Lara?" perguntou Dante, sua voz grave e suave, carregada de uma promessa silenciosa.

Lara tentou desviar o olhar, mas não conseguiu. Havia algo em seu olhar que a mantinha presa, como se ele tivesse um controle invisível sobre ela.

"Eu... eu não sei do que você está falando," ela respondeu, mas sua voz falhou levemente, traindo sua confusão.

Dante sorriu, um sorriso de canto como se soubesse exatamente o efeito que estava causando nela.

"Não minta para mim," ele disse, inclinando-se ainda mais para frente, até que seu rosto estivesse a apenas alguns centímetros do dela. "Eu posso sentir o seu coração acelerar. Você quer isso tanto quanto eu."

Lara sentiu um calor subir por seu rosto, mas tentou manter a compostura.

"Isso é inapropriado, senhor Salvatore," ela respondeu, tentando se afastar, mas a cadeira e a mesa atrás dela a impediam.

"Dante," ele corrigiu, sua voz firme, mas suave. "Me chame de Dante."

Ela olhou para ele, seus olhos cheios de conflito. Havia algo na maneira como ele falava, algo que ia além do profissionalismo, além de qualquer coisa que ela já tivesse experimentado antes.

"Dante," ela sussurrou, quase sem querer, e ele sorriu, satisfeito.

"Isso mesmo, Lara," ele disse, sua voz carregada de promessas silenciosas. "Agora, admita. Você sente isso tanto quanto eu."

Lara sentiu um arrepio percorrer sua espinha. Ela sabia que estava sendo puxada para um caminho sem volta, mas não conseguia encontrar forças para resistir.

"Eu... eu não posso," ela respondeu, mas sua voz estava fraca, quase um sussurro.

"Por que não?" ele perguntou, sua voz suave, mas insistente. "O que você tem medo?"

"Isso é errado," ela respondeu, tentando se convencer mais do que a ele. "Você é meu chefe. Isso poderia arruinar tudo."

Dante estudou-a por um momento, seus olhos escuros parecendo enxergar diretamente em sua alma.

"Nada que valha a pena é fácil, Lara," ele disse, sua voz carregada de uma intensidade que a fez tremer. "E você sabe que isso é real."

Lara sentiu o coração acelerar ainda mais. Ela sabia que ele estava certo, mas o medo ainda a mantinha presa.

"Eu... eu não sei," ela respondeu, sua voz quase um sussurro.

Dante deu um passo ainda mais perto, até que seus corpos estivessem quase se tocando. Ele levantou uma mão e tocou suavemente seu rosto, seus dedos quentes contra sua pele.

"Se deixe sentir, Lara," ele sussurrou, sua voz suave, mas cheia de tesão. "Eu prometo que não vou te machucar."

Lara sentiu um arrepio percorrer sua espinha. Ela sabia que deveria resistir, que deveria se afastar, mas não conseguia. Havia algo nele que a atraía, algo que ia além da razão.

"Dante..." ela sussurrou, seu nome saindo de seus lábios como uma prece.

Foi o que ele precisava ouvir. Em um movimento rápido, ele fechou a distância entre eles, seus lábios encontrando os dela em um beijo intenso e cheio de tesão. Lara sentiu o mundo ao seu redor desaparecer, tudo o que importava naquele momento era ele. Seus lábios eram quentes e insistentes, e ela respondeu ao beijo com uma intensidade que a surpreendeu.

Dante envolveu-a em seus braços, puxando-a ainda mais perto, como se nunca quisesse soltá-la. Lara sentiu suas mãos deslizando por suas costas, e um calor intenso se espalhou por seu corpo. Ela sabia que isso era errado, que poderia arruinar tudo, mas não conseguia parar. Havia algo nele que a completava, algo que ela nunca soube que estava faltando.

Quando eles finalmente se separaram, ambos estavam sem fôlego, seus corações batendo acelerados.

"Lara," ele sussurrou, sua voz carregada de emoção. "Você é minha."

Ela olhou para ele, seus olhos cheios de conflito, mas também de desejo.

"Dante..." ela respondeu, sua voz suave, mas cheia de significado.

Uma batida firme na porta ecoou quebrando o encanto que os envolvia. Lara se sobressaltou, como se tivesse sido arrancada de um sonho proibido. O calor dos braços de Dante ainda a envolvia, sua respiração descompassada denunciava suas emoções.

Ela piscou, lutando para recuperar o controle, e se afastou dele rapidamente, seus olhos arregalados refletindo com culpa e confusão.

"Lara..." Dante tentou segurá-la, sua voz carregada de frustração e desejo. Mas ela já se afastava, passando as mãos trêmulas pelos cabelos enquanto tentava recompor a respiração.

"Eu... eu preciso ir," murmurou, sua voz falhando enquanto dava um passo para trás.

Outra batida na porta, dessa vez mais impaciente.

O choque da realidade caiu sobre ela com força. O que estava fazendo? Ele era seu chefe. O homem que deveria manter à distância. Mas ali, naquele instante, toda a razão havia sido sufocada pelo desejo avassalador que sentia por Dante.

Sem coragem de encará-lo por mais tempo, Lara girou nos calcanhares e saiu apressada, ignorando o olhar intenso que queimava em suas costas. Sua mente girando com perguntas que não queria responder. O que estava fazendo? E pior... como encontraria forças para resistir da próxima vez?

Lara abriu a porta de supetão mesmo estando com as mãos trêmulas, sem nem pensar no que encontraria do outro lado. Seu coração parou por um segundo quando seus olhos se depararam com a figura diante dela.

Era Beatriz.

Seus olhos ligeiramente arregalados denunciavam a surpresa ao vê-la ali. Lara sentiu o rosto arder de vergonha. Beatriz sabia. Talvez não exatamente o que havia acontecido, mas era óbvio que Lara estava nervosa, ofegante e incapaz de disfarçar o que quer que tivesse ocorrido naquele escritório.

Sem coragem de sustentar o olhar da mulher, Lara abaixou a cabeça rapidamente e desviou-se, saindo dali o mais depressa possível. Suas pernas pareciam fracas, mas ela não ousou parar.

O gosto dos lábios de Dante ainda estava em sua boca, o calor de suas mãos ainda queimava sua pele, mas nada disso importava agora. Tudo o que conseguia pensar era no que acabara de fazer.

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