Leonardo seguiu o Beta em silêncio, as mãos nos bolsos, os olhos atentos a cada movimento da floresta em volta. A cada passo mais perto, o coração dele acelerava... não era medo. Era algo mais difícil de explicar, era um tipo de ansiedade misturada com saudade. Aquela saudade que a gente sente de algo que nem teve direito de viver. Selena era uma neta ou filha para ele era isso que ele a considerava. Por mais que ela achasse que ele a considerava uma amiga, era como uma filha. Selena era parecida com Esmeralda, ele a enxergava como a filha que eles nunca tiveram.
Ao longe, ele viu a cabana. E soube, no fundo do peito, que ela tava lá dentro. Mas então o Beta se colocou em sua frente.
- Iremos te receber na casa da Matilha.
- Irei ficar hospedado lá?
- De jeito nenhum, você vai ficar em um hotel.
O Beta o guiou até a entrada da casa, parou na porta, como se estivesse esperando algo.
– Vai anunciar minha chegada? – Leonardo perguntou, com um sorriso cínico.
– Não preciso. Eles já sab