No dia seguinte, indo para o trabalho, fechava a porta do meu apartamento, quando uma vizinha apareceu no corredor, voltando das compras.
— Bom dia, Diana! Viu a ventania de ontem à noite? Causou o maior estrago na rua! Tive que sair para comprar velas!
— Bom dia, Marilia! Não, não vi nada, devia estar dormindo – menti, dissimuladamente inocente.
No museu, encontrei Hélio que parecia estranhamente animado, bem diferente da expressão carrancuda dos últimos tempos.
— Você não parece bem, Diana.
— Você acha isso mesmo?
— Sim, e sabe o que você está precisando?
— Não, o que eu preciso?
— Um bom treino — respondeu, com um sorriso travesso.
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