CAPÍTULO 11: A POSSE MATERNA
À medida que as luas passavam e a gravidez de Livia progredia, Arthur tornava-se cada vez mais protetor, quase obsessivo em seus cuidados meticulosos. Ele inspecionava pessoalmente toda a comida que ela comia, provando cada pedaço antes de permitir que ela levasse à boca, seus olhos examinando cada detalhe como se pudesse detectar veneno onde não havia nenhum. Andava ao seu lado segurando seu braço com uma firmeza gentil, como se o chão de terra batida da clareira fosse tão traiçoeiro quanto gelo escorregadio. E à noite, ele dormia com o corpo curvado em volta dela, suas costas largas voltadas para o quarto, como um escudo humano contra qualquer perigo que pudesse surgir na escuridão, seu sono tão leve que ele acordava ao menor ruído ou movimento.
Um dia, quando Livia tentou ajudar na colheita de ervas no jardim medicinal, inclinando-se para colher algumas folhas de sálvia sob o sol quente da tarde, Arthur apareceu em segundos, seu rosto pálido sob o bron