Mundo de ficçãoIniciar sessãoO dia do roubo ao cofre chegou sem qualquer sinal externo de tensão. Luiz se manteve distante, como planejado. Naquela manhã, tinha um compromisso que, para todos os efeitos, nada tinha a ver com Isadora ou com o conteúdo guardado na mansão Valli: sua entrevista de emprego na rede de academias de Marcelo.
Marcelo, afinal, não era apenas agiota. Não era burro. Mantinha uma fachada impecável para a sociedade: dono de uma rede de academias populares, conhecidas por equipamentos modernos, preço baixo e marketing agressivo. A lei via nele um empresário bem-sucedido; o submundo sabia que era apenas uma das faces do verdadeiro negócio.— Hoje a gente vai rodar todas as unidades — avisou Marcelo assim que Luiz entrou no carro, o sorriso fácil no rosto. — Se a madame desconfiar de você depois, vai ter gente que jura que te viu na zona norte, na sul e no centro no mesmo dia.Luiz deu um leve aceno, a mente calculando. Marcelo estava certo: um álibi sólido era ouro.<






