Mundo de ficçãoIniciar sessãoLívia manteve os olhos fixos no fluxo da rua, tentando decifrar pelo reflexo no vidro para onde ele a levava. O trajeto não seguia rumo conhecido. Cada curva aumentava a sensação de estar se afastando de qualquer ponto seguro.
O silêncio de Luiz agora era mais sufocante do que suas provocações. Apenas o som irregular do motor e o estalar ocasional dos dedos dele no volante.— Pra onde você tá me levando? — ela perguntou, a voz quase falhando.Ele não respondeu de imediato. Acelerou ao cruzar um semáforo, o sorriso frio voltando ao rosto.— Pra um lugar onde a gente possa conversar sem plateia. — As palavras saíram arrastadas, como se saboreasse o incômodo dela.Lívia sentiu o estômago revirar. O aperto no cinto de segurança parecia um laço se fechando. No celular, guardado no fundo da bolsa, estava a única esperança de pedir ajuda, mas qualquer movimento agora poderia deixá-lo ainda m






