Mundo de ficçãoIniciar sessãoO café era discreto, afastado do burburinho turístico. Um lugar com mesas de madeira escura, ventiladores de teto girando lentamente e uma brisa salgada entrando pelas janelas abertas. Ali, longe do hotel, Úrsula e Saulo sentavam frente a frente com xícaras intocadas entre eles.
Ela usava óculos escuros grandes demais e um lenço preso ao pescoço com elegância despreocupada. Ele, uma camisa leve de linho com os dois primeiros botões abertos e um bronzeado de quem andava se expondo ao sol mais do que deveria.— Acha mesmo que ela acreditou que você caiu? — Úrsula perguntou, apoiando o queixo nas costas da mão. O tom era seco, quase entediado.Saulo bufou, inclinando-se na cadeira, a voz carregada de desprezo.— Sim, uma idiota; subestimou minha inteligência de forma quase irritante. Quem diabos acreditaria em fotos, prints e comprovantes… sem mostrar absolutamente nada? Ela nem tentou forjar um print, Úrsu






