Mundo de ficçãoIniciar sessãoAinda ofegante, Saulo rolou para o lado, deixou o braço repousar atrás da cabeça, o peito subindo e descendo com certa lentidão, tentando recuperar o fôlego. Úrsula, por sua vez, levantou-se da cama como uma gata satisfeita caminhando descalça até a pequena bandeja com água e frutas que o hotel havia deixado como cortesia. Mordeu uma uva, sem pressa, e então lançou o olhar por cima do ombro.
— E a esposa, Saulo?Ele riu, o riso rouco e cansado.— Cada dia mais velha… e flácida. — respondeu, com uma frieza irritante, mas sem culpa alguma. — Se veste como se tivesse sessenta, fala como se tivesse oitenta e transa como se tivesse morrido há cinco anos.Úrsula mordeu outra uva e fez uma careta fingida de pena, os lábios se curvando num sorriso malicioso.— Tsc... que ingrato. E pensar que essa senhora ainda reza todas as noites por você. — revirou os olhos com teatralidade.Ele sorriu largo, ainda deitado. Úrsula se aproximou da cama novamente, sentando-se na b






