Alguns minutos antes:
A luz azulada do celular ilumina o rosto de Dante na penumbra da sala. Ele está recostado no sofá com os cotovelos nos joelhos, os dedos apertando a ponte do nariz enquanto ouve a voz do primeiro beta ecoar no aparelho que ele leva ao ouvido.
— Fale — atende já sem um pingo que paciência.
— Alfa — Galak, o primeiro beta, cumprimentada. — A sua membro de honra — mesmo à distância, Dante consegue sentir o desdém na maneira como Galak se refere a fêmea que ele havia acolhido anos atrás. — Está causando confusão.
Dante trinca os dentes, a mandíbula saltando sob a pele.
— O que aconteceu, primeiro beta? — Dante questiona, sua voz soando grave e impaciente.
— Ela tem tentado fugir. Disse que não queria mais viver entre nós, quase conseguiu chamar a atenção dos humanos que passam pelas montanhas com aqueles caminhões cheio de fêmeas humanas. Ela está reclamando de dor de cabeça constante, tem visões de rostos, começa a chorar no nada, e agora está mais atrapalhando do q