Ponto de vista de Aria
Os Ricci me receberam com um avião particular. Parecia absurdamente luxuoso — jatos particulares e guardanapos de seda, como se eu fosse uma convidada de honra em vez de uma refém.
— Venha, Srta. Moretti. O Sr. Ricci a aguarda em seu escritório.
Assenti.
No voo, passei por uma dúzia de planos de fuga. Oferecer trabalhar para ele. Oferecer os contatos do meu pai. Trair meu pai se fosse preciso. Ele não hesitou em me trair — por que deveria poupá-lo?
O carro parou. O mordomo abriu minha porta e a mansão se ergueu diante de mim — maior e mais bonita do que esperava.
A empregada me cumprimentou com um sorriso doce.
— Srta. Moretti — o Sr. Ricci disse que uma senhora muito bonita estaria visitando.
A polidez me acalmou, perversamente. Se essas pessoas eram gentis, talvez o mestre delas também fosse.
Uma pequena e ridícula esperança tremulou.
A empregada me levou até o terceiro andar. Paramos em uma porta gigante de mogno. O gesto dela me disse para entrar. Minha mão e