Sabine
Saio de minhas memórias e olho pela janela, o dia já está amanhecendo e chegou a hora de encarar Karl, antes de ir, me lembro de cada vez que ele bateu em Rose, de quando quase a matou de fome e de todos os anos que a fez de criada, e isso me dá força e coragem para enfrentá-lo, então me levanto e vou até o quarto. Ele já está acordado e sei o que irá querer.
— Que bom que veio, deite-se que preciso me aliviar antes de levantar.
— Não. — Falo com toda determinação.
— Como ousa me contrariar? Deite-se já aqui.
— Não Karl, se quer se aliviar procure outro meio, pois a mim, você não usará mais.
— Alguém anda bem corajosa, acho que preciso te lembrar de quem é que manda aqui. — Ele se levanta, vindo até mim.
— Suas ameaças não me causam medo, meu único medo era que fizesse mais mal à minha filha, mas agora ela está fora de seu alcance.
— Então é isso, bastou ver a fedelha com um pouco de pose para se sentir corajosa. — Ele fala com desdém.
— Não Karl, não é porque vi minha