31. O cativeiro
Acordo no acampamento com a boca seca e sinto cada parte do meu corpo doer terrivelmente.
Estou fedendo, muito, mas as cordas sumiram.
Minha cabeça está zonza e o peso do metal segue no meu pescoço, a coleira não sumiu. Reconheço a sensação provocada pelos restos da erva que usei contra os homens do rei em meu organismo.
Deve ter me transportado todo o percurso desacordada.
—A garota…
É a voz de Embry que escuto, não está irritado, mas deveria.
—Já estou cuidando disso, Embry. Prepare a carroça dos prisioneiros.
O som dos passos se afastam, mudam de rumo e voltam.
Não consigo ignorar o quão tola fui na floresta.
Ele me quer, mas não me ama, claro que não me deixaria ir.
É exatamente como meus pais, os dois me queriam, mas não me amavam, por isso fiquei tanto tempo na torre.
O tecido se abre, a luz do sol entra e eu viro o rosto, pois fere meus olhos.
Vejo primeiro as botas, então a calça preta e o casaco de peles grosso. Ele para por alguns segundos antes de se inclinar para