Stella Castro
Arthur andava de um lado para o outro com o celular colado ao ouvido, enquanto eu tentava controlar o desespero. Lukke não atendia nossas ligações, e a última vez que alguém o viu foi em um bar no centro, completamente descontrolado.
— Ainda nada? — perguntei, tentando manter a voz firme.
Arthur balançou a cabeça, encerrando mais uma chamada frustrada.
— Já liguei para todo mundo: Damian, Lennox, até o segurança do estúdio. Ninguém sabe onde ele está.
Fechei os olhos, sentindo o peso do medo me sufocar. Lukke era como um irmão para nós, e a ideia de que ele pudesse estar em perigo era insuportável.
— E se ele... — engoli em seco, tentando afastar os piores cenários da mente. — E se o encontrarmos na sarjeta, bêbado ou, pior, morto?
Arthur parou e colocou as mãos nos meus ombros, tentando me acalmar.
— Stella, não pense assim. Lukke está limpo há muito tempo. Ele não vai voltar para aquele lugar escuro.
Olhei para ele, minha voz cheia de frustração.
—